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Lembranças.

• Atualizado

                                       

É normal ter sua paixão, pensar em todos os momentos em um só alguém. É normal acordar e dormi pensando no mesmo. E também é normal vê-lo não gostar de você como você gosta dele. Ah como é normal... adolescentes.
E quando você está sagrando por dentro? E quando não pode falar para ninguém o que sente? E isso irá corroê-la de todas as maneiras, você irá queimar viva, apenas por um motivo: Amor.
Mas quando aquela vida que você está vivendo não real? E quando tudo que você já viveu lá foi uma mentira? Você irá sentir faltar disso? Todas as vezes que conforto-a com um “eu te amo” e todas as vezes que beijou-a. Mas era tudo mentira. Mentira. E todas as vezes que você fugiu? Tentou escapar de algo que a queimava por dentro, que deixava-a em carne-viva, mas sentiu saudades. E quando sentiu saudades, voltou. Voltou para renovar um simples “eu te amo” que foi dito alguns tempos atrás. Voltou para vê-lo sorrir novamente. Ou talvez, em alguns casos, embriaga-la com seu amor mentiroso de novo. E ela acreditou, acreditou que fugindo sararia algo que ainda queimava dentro de si. Acreditou que algo que ainda queimava iria sarar. Bem, ela deveria aprender que sarará quando joga-se primeiro água. Quando arrisca-se em jogar água. Arriscar. A última coisa que ela queria fazer. Pensou em fugir, e logo fugiu. Não queria olhar para trás, pois desse apenas uma olhadela iria voltaria correndo. E sim, ela iria correr para ele, enquanto seu coração queimara. Ela fugiu silenciosamente, não explicou sua ida, apenas se fora. E talvez, ele assistiu-a, silenciosamente. E ela sentiu que não era isso que queria fazer. Não era essa vida que queria seguir. Estava seguindo a vida de alguém que simplesmente não era si. As lágrimas caiam por alguém que não era ela. A vida que seguia não a que sonhara, era apenas uma mentirinha boba, uma brincadeira infantil. E quando ela achou que isso ia acabar? Fugiu sem pensar. Mas de alguma maneira achou que devia enfrentar seu maior inimigo: O Amor. E parcialmente, precisaria dele para ser seu aliado, apenas mais uma vez. Pensou que precisaria de forçar para fazer acontecer algo que começou em uma brincadeira boba cessar. Mas seu amor não acaba tão rápido. E quando estiver enfrentando-o seu coração irá entrar em chamas novamente. E ela ficará inconsciente, vai tentar fugir, mas o seu inimigo irá derrota-la. O amor irá acabar com si. Perguntará para si mesma o que fez de errado para não conseguir sair das entranhas do amor. Mas ela fez algo gravíssimo. Amou. Entregou seu coração para o mesmo. Entregou-se. E quando achou que estava no topo, desequilibrou-se. Não suportou e caiu. Mas quando entregou seu coração, não conseguiu que devolvessem-no totalmente perfeito e em bem-estado. E quando pegou-o novamente, sentiu que ele estava cheio de curativos. Mas não queria enfrentá-lo. Tinha medo de perder, onde provavelmente iria perder. Não queria fugir, mas era o certo. De cara, sentiu saudades. Sentiu saudades do jeito que tratava-a, do jeito que ria de suas piadas sem graça, sentiu saudades de quando fazia suas babaquices. Sentiu saudades de sempre fazê-lo sorrir de seus jeitos. Seus olhos queimavam constantemente, por tanto segurar as lágrimas. O coração ardia, estava com saudades. Em apenas um dia, ela já tinha falta. Mas não tinha mais força de vontade de voltar. Não queria mais voltar. Não suportava mais voltar. E quando viu que estava sozinha, sem ele, foi como se estivesse sem ar, não conseguia mais respirar. Pensou em como seria bom escreve-lhe, queria falar o que sentia, mas não queria de modo algum ouvir sua resposta. Não queria de modo algum ouvir que era especial para o mesmo, se ouvisse, voltaria. Voltaria se ele apenas falasse que a amava e que não queria que ela se fosse. Iria doer, seu coração entraria em chamas. Mas iria voltar. E quando voltasse? Iria vê-lo com outras e outras. Iria assistir calada, tentaria não chorar. Tentaria enganar o fogo que queimara em seu coração apenas abanando-o, tecnicamente. E quando ela cansar de sofrer, erguerá a cabeça e enxugará as lágrimas. Mas isso parece que vai durar uma eternidade e que seu coração não irá sarar. Pensou positivo, mas não foi muito para voltar a derramar lágrimas. E quando admitir que ainda ama-o, não irá sorrir, mas irá sentir-se aliviada. Com isso, seus passos irão se tornando maiores e ela ficara cada vez mais distante do seu maior inimigo, o amor.

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Gabriela Mesquita ESCRITO POR Gabriela Mesquita Escritora
Maceió - AL

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