Salto.
Andando por essas ruas, tão imundas
As horas caminham pelo meu corpo
E me tocam, e me sentem, e me desligam
Num vento que não se distingue de plural ou singular.
Estranho como todo movimento é bruto
E aqueles sentimentos mudam.
O nosso momento de hoje virou amanhã
Por que o agora nunca acontecerá hoje.
Em alta velocidade
As vidas se arrastam no ser ou não ser
Saltando de um precipício ao avesso.
E eu me pergunto o que acontece
Se esse salto quebrar...
Onde vamos parar?
Tempo...
Aonde vamos chegar?
Tempo,
Eu te uso no plural, em nosso pleno desigual
Mesmo sabendo que, no fim, você vai me deixar.
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