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A Páscoa que nos traz os céus...

Primeira sexta-feira de luz cheia após o equinócio de outono (no hemisfério sul do planeta terra) – é tempo de celebrarmos a maior prova de amor da humanidade: a morte de Cristo. Conforme Deus designou, no livro do Êxodo, capítulo 12, ao décimo quarto dia de Nissan (o primeiro mês do calendário lunar) toda a assembléia de Israel deveria imolar no crepúsculo um cordeiro macho e sem defeito. O objetivo era celebrar através do sacrifício do cordeiro (de geração em geração, numa instituição perpétua e em honra ao Senhor), a libertação de Israel do Egito.
 
 
Uma vez libertos dos egípcios, aquele povo estava aprisionado ao pecado, pela culpa primitiva de Adão. Mas Cristo haveria de tomar sobre si as nossas enfermidades e os nossos sofrimentos, haveria de carregar as nossas culpas; morrer, e, assim, “matar a morte do pecado” – fomos salvos (Isaías 53).
 
Foram, portanto, duas as alianças que Deus cumpriu em prol da salvação do seu povo: a libertação de Israel do Egito e o envio de si mesmo ao mundo, em forma de homem, para morrer pelos nossos pecados. A Páscoa é a celebração dessas alianças, é a festa da vida nova que só Deus nos dá...
 
É uma alegria imensurável olhar para traz e ver que tudo o que Deus prometeu, Ele cumpriu. Hoje vivemos a espera de mais uma promessa de Deus: a de que Jesus irá voltar ao mundo, brilhante como o sol, para julgar bons e maus, e fazer os justos viverem eternamente felizes no seu reino: sem morte, sem pecado, sem violência, sem injustiças sociais, sem drogas, sem doenças, sem câncer, sem corrupção, sem preconceitos etc.
 
Fico a imaginar o que pensava o povo de Israel, subserviente aos egípcios, quando esperava a sua libertação improvável. De certo, muitos pensavam desesperançados: “Esse Deus é uma ilusão”, ou ainda “Ninguém nunca vai nos tirar dessa escravidão”. Mas valeu a pena ter esperança; eles foram libertos, e extasiados por uma verdadeira felicidade cantaram ao Senhor que fez brilhar a sua glória.
 
Assim como o povo de Israel, hoje podemos viver a desilusão e a descrença: “Cristo não vai voltar”. Mas que alegria sentirá aqueles que souberem esperar. E não existe nada mais racional no mundo do que acreditar que existe um Deus que nos ama e que cumprirá a sua terceira aliança com a humanidade, e será mais uma vez fiel para nos libertar das mazelas deste mundo, criadas por nós mesmos.
 
Esperar e ter esperança não são a mesma coisa: aquele que espera vive na possibilidade, enquanto aquele que tem esperança vive na certeza: “Ele virá”. Páscoa é vida nova, vale repetir; e essa vida nova é o nosso “ingresso para o reino da justiça”. Tem gente por aí querendo vender os céus, sem ao menos o possuir – não caia nessa! O preço do céu é a nossa mudança de vida, e a intensidade do nosso amor.
 
Aquele que sabe amar está no caminho certo para “fechar negócio com Deus”. E Ele deve desejar muito o nosso amor, para quem sabe fazermos o reino da justiça, antes mesmo d’Ele voltar. Que alegria Deus sentiria se, ao chegar aqui, já encontrasse o mundo arrumado e pronto para a instituição da sua glória. Você topa comigo fazer essa surpresa para Deus? Amemo-nos uns aos outros, e vivamos as conseqüências desse amor: bondade, humildade, respeito, justiça, educação com o próximo.
 
Feliz Páscoa! Que a vida desse Cristo que venceu a morte nos motive a ressuscitar com Ele, os bons hábitos perdidos pela nossa geração.
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Arryson André ESCRITO POR Arryson André Escritor
Maceió - AL

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