Minha cidade
Ando pelas ruas esburacadas de minha cidade
E nos rostos cansados e senis enxergo a mocidade
Que jaz vivida em épocas passadas. Tempos bons
Aqueles: sentados às portas, conversas infindas
Com a vizinhança enquanto as crianças traquinas
Corriam, brincavam e viviam sem o malévolo som
Das armas, das balas perdidas. Triste atrocidade
Que hoje mancha nossa existência; ferocidade
De bicho assassino que a todos amedronta.
Minha cidade bela já foi, mas o que se encontra
Aqui, nestes dias de caos, são mãos erguidas aos céus
E vozes aos homens de bom coração, desejando pronta
Extirpação desse câncer, chaga belicosa, arenoso fel,
Para que infantes e senis possam novamente deleitar teu mel.
Penélope SS
26-10-11 00h:08
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