Estranhos
“A Corte” por Felix Friedrich von Ende (1856-1918)
Eu te vi.
Você me viu.
Uma força que não dá para explicar nos uniu.
Tão forte que nunca estávamos satisfeitos da presença do outro.
Tudo era motivo para celebrar.
Nenhuma iguaria tinha o sabor dos teus beijos.
Nenhuma bebida era tão embriagante como estar em teus braços e
Amar...
E como era lindo nosso amor.
Evoluímos da paquera para o namoro,
Do namoro para o companheirismo,
Do companheirismo para a cumplicidade.
Nos comunicávamos com um olhar,
Eu te conhecia.
Você me conhecia.
Sabíamos tanto um do outro
Éramos tão importantes um para o outro.
E o tempo passou...
E nosso grande e eterno amor se extinguiu.
O tempo transformou a pessoa que mais sabia de mim
Em um estranho.
Hoje te vejo e não temos o que dizer um para o outro.
Não é realmente estranho?
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