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Você é Meu Amigo...

Na minha terra contam muitas coisas. Acreditem ou não deve ter acontecido mesmo muita coisa por aí a fora. Quem pode provar o contrário?! E, por conta disso, passo o assunto com segurança para vocês, que, sendo meu amigo deve acreditar em mim. Até  porque eu não iria contar uma história que não devesse ter acontecido em algum lugar do mundo. É verdade que eu não posso está em cada canto do mundo, para saber se é ou não é verdade!

Bem... mas, você é meu amigo ou não é?!

Esta foi um morador antigo do meu tataravô que me contou...

Dizia ele que um velho padre daquela região era exorcista. - Devo resaltar que, se for mentira fica no saco dele, mas, não deve ser mentira não. Eu com cinquenta anos e ele com duzentos e não sei mais quantos, íamos nos passar a estar contando prosa pra boi cochilar!

Bem... exorcisando aqui, exorcisando alí, já vivia encurvado coitado, de passadas trópegas da tarefa pesada que é expulsar entes do mal do corpo de uma pessoa.

Foi que certo dia, levaram até ele uma mulher, ainda moça com os cabelos desgrenhados, as roupas em farrapos, olhos e narinas dilatadas rosnando feito porco no cio. Porco rosna no cio? Eu também não sei. Mas a situação era de meter medo no maior pesadelo desta vida.

- Padre patife - dizia ela com a voz "dele". Filho duma mula com cavalo cego, não se aproxime "dele" não, que não estou pra serviço leve! Não saio daqui. E vim pra ficar! E se entrebuchava e rolava no chão, e dava arrancadas ameaçadoras pra cima do santo padre, que, de tanto fazer esforços, resfulegar e rezar já sentia suas energias esgotarem-se, junto ao medo e ao terror que lhe assaltavam. Estava em fase de desistir e correr, quando percebeu a mulher toda molhada de suor dos repuxos do coisa ruim tombar no chão e relaxar. mas, ainda  arregalando os olhos "dominada" pela ira num últimos extertor falou: - Padre ca-gãâoo! Filho da éè-gua! Nem no inferno nunca senti fedô assim! E escafedeu-se daquele copo, deixando-o em paz.

Mas o capeta tava certo, o padre não aguentou a parada e sujou as fraldas, e nem o coisa ruim aguentou o fedor da bosta.

E, ASSIM, A BEM DIZER...QUE NÃO IMPORTA OS MEIOS PRA SE CHEGAR A UM FIM...

                                                                                                                                                (ELENA)

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m.elena.costa ESCRITO POR m.elena.costa Escritora
São Miguel dos Campos - AL

Membro desde Janeiro de 2012

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