Sem etiqueta
Essa roupa que uso não é minha. É da terra, da morte, da vida.
Essa roupa não estar em nenhum manequim ou em alguma vitrine, por isso não posso comprar, por isso me constrange.
Ela estar emprestada. E só posso devolvê-la apodrecida.
A ferrugem nasceu comigo atrapalhando o entendimento.
Por isso a roupa, que não é minha, continua apodrecendo na vitrine.
Cadernos, 03/12/97.
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados ao autor.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar,
criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra
sem a devida permissão do autor.
Comentários