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Pele

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O coração!?...

 

O símbolo do amor

Ao contrário do que se imagina

Deveria ser a pele

Que ninguém sabe onde começa

Ou onde termina

A mesma que esticamos ao sol

- melanina –

Como num curtume

Que cobrimos menos por pudor

E mais por costume

Onde ficam as cicatrizes

Pele veste das meretrizes

Mercadoras de amor...

Pele símbolo de pureza

Desde a eternidade

A pele que membrana a virgindade

Fonte de beleza

Flor de liberdade

Pele que é o amor do outro lado da rua

Que não se atravessa

Por mais que se tenha vontade

Pele que repousa nua

E que o vento passeia

Sem pudor nem pressa

Que assim feito o amor

Ninguém sabe onde começa ou termina

Misteriosa tela que não se descortina

Onde se tatuam os desejos

Arranham-se fantasias

Tecido onde se enxugam os beijos

Casca em que teço minha poesia

E o vento insistente

Despudorado abusa

Membrana fina

Que reveste o corpo de uma musa.

 

 

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Emanuel Galvão ESCRITO POR Emanuel Galvão Escritor
União dos Palmares - AL

Membro desde Outubro de 2011

Comentários

Ron Perlim
Ron Perlim

Compara a pele ao amor é uma forma bem interessante de nos fazer pensar onde começa ou quando acaba o amor. E as maneiras e formas que ele se apresenta no texto nos remete ao cotidiano e entrelaçamento onde ele aparece,feito vento e outras formas bacanas de pensar... Valeu!

Cida Lima
Cida Lima

Lindo! Sabe que sou fã do seu jeito único de tecer palavras e dar um novo sentido ao que lhe cerca. sucesso!

Emanuel Galvão
Emanuel Galvão

Muito obrigado aos amigos escritores pelo incentivo, crítica positiva e carinho! Grande abraço!