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Mar Sem Fim

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Foz do rio São Francisco

Foz do rio São Francisco

*para Ana & Alex

 

                                                                          "Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. 

                                                                          Mas ninguém chama violentas às margens

                                                                          que o comprimem."

                                                                                                                     Bertolt Brecht.

 

Da nascente do colo meu

Escorreu pequenininho

Quando vi ele cresceu

E seguiu o seu caminho.

 

Riacho levado ele era

Arteiro e cristalino

Pureza, inquieta quimera

Era assim o meu menino

 

Mas foi se tornando rio

Foi ficando corpulento

E foi nesse desvario

Que começou o tormento

 

Mãe não entende de filho

Mãe entende de amar

Como por um rio no trilho

Se seu destino é o mar

 

“E do rio que tudo arrasta

Se diz que é violento...”

E a margem que lhe diz basta

De todos tem consentimento

 

Da nascente do meu colo

Vi meu rio se afastar

Em seu sonho sem dolo

Queria apenas ser mar

 

E o mar que banha meu rosto

Quando vem me visitar

Saudade que tem um gosto

Eterno de um bem, de amar.

 

Não é para consolar

Falo por que acredito

O que aqui chamo mar

Deus chama de infinito.

 

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Emanuel Galvão ESCRITO POR Emanuel Galvão Escritor
União dos Palmares - AL

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