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Lapidando cristais

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Em mim o toque invisível
 na mente rastreadora do oculto.
 
Em mim a veia pulsante,
 com o sangue morno, ainda rubro.
 
Em mim o pensamento pertinente
com divergências - ainda inaceitável.
 
Em mim a facilidade da lágrima
 em silêncio e ainda salgada.
 
Em mim a ausência do fôlego,
 súbita, torturante e ainda incômoda.
 
Em mim a bolha irritante
 em longa caminhada - ainda por estourar.
 
Em mim a insistente loucura
 da tua-mente-minha, ainda longe das pedras.
 
Em mim a poesia persistente,
 inútil, estacionada ainda em mente.
 
Em mim cacos e cacos colados,
 não tão bem colados - ainda por ruir.
 
Em ti o toque insensível
 na mente compulsiva - o susto.
 
Em ti a veia vazia de sangue,
 mas com o ar quente, ainda pulsante.
 
Em ti o pensamento insistente
 sem convergências - ainda maleável.
 
Em ti a facilidade em massacrar,
 em gritos, em gestos - distante.
 
Em ti a ausência da compreensão,
 teimosa, enfática, ainda só tua.
 
Em ti a pedra no calcanhar
 em calçado apertado, calçada, topada.
 
Em ti a irritante sanidade
 da minha-mente-tua tão perto das pedras.
 
Em ti a poesia persistente,
 inútil, solta ao vento.
 
 Em ti o inquebrável cristal pálido,
 não tão bem lapidado - ainda intocável.
 

                                (Majal-San)
              

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Majal-San ESCRITO POR Majal-San Escritor
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