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Em Preto e Branco

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Em preto e branco o homem desvanece

O destino incolor o faz padecer

O seu arco-íris lhe foje aos prantos

As lágimas brancas não pode conter.

 

O negro da noite o  vê em soluços

Seu mundo opaco não tem solução

As ondas inquietas lá dos oceanos

Na escuridão murmuram oração.

 

As vielas, quem dera, pintadas de rosa

As choupanas o riso amarelo emudeceu

No tronco a negra se torce em gemidos

Na solidão do ermo a rocha fendeu.

 

A noite a lua as sombras assustam

Lobos uivantes ao longe a correr

E na solidão dos caminhos perdidos

Vagalumes conspiram pra não amanhecer.

 

O sol se esconde lá no seu poente

De véu inclemete as noites se vai

Acolhe a vida em imensidão transparente

Qual gaze finíssima o mundo se faz.

 

Em choro a infância reclama o afago

A mão preciosa logo se contrai

A tal negação se faz tão dolorosa

Em sons e grunhidos o peito contrai.

 

No tocante a serpente que está a peleja

Os filhos dos homens a cova atrae.

No recôndito da natureza, as almas perdidas,

Sucumbem atônitas a armadilhas fatais.

                                 ELENA

 

 

 

 

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m.elena.costa ESCRITO POR m.elena.costa Escritora
São Miguel dos Campos - AL

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