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Se valendo de dois reais e oitenta centavos

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Se valendo de dois reais e oitenta centavos

Os olhos azuis lhe temem.
Pensamentos divididos.
Vento misturado à velocidade.
Vidas que não são nossas.

Personalidades confusas.
O tempero ardido de um beijo.
Desejo de um futuro inexistente.
Boneco regido pela sociedade.

Claro e evidente desapego emocional.
Sagrada e eterna luta entre o inferno e o céu.
Confusão, calor e suor.
Confusão, calor e suor!

Burocráticas divergências econômicas.
Gritos e pavor eminentes.
Esperto o homem que sabe voar.
No escuro do dia e na claridade da noite.

Instinto aguçado.
Se valendo de dois reais e oitentas centavos no bolso.
Observando a lua amarela.
Sentindo a maresia tocar no seu rosto.

Grita a voz muda e seca.
Angustia a fome depositada em seu estomago.
Sonhos múltiplos e alucinados.
Sexo expresso nos olhares que o cercam.

O barulho não o deixa pensar.
O tempo que se perdendo em sua vida.
O sono é a conseqüência do cansaço.
O amor que se fez ódio ali ao lado.

Se mexendo perdido na cintura maliciosa.
Sua barba mal feita e a rigor.
Um cheiro, um carinho, uma mordida.
Um cheiro, um carinho, uma mordida!

O olhar castanho era convidativo.
Pele branca e cabelos amarelos.
Seu cheio o embriagava.
De certo algo certeiro o acertava.

Vida que não são nossas.
Esperto o homem que sabe voar.
Instinto aguçado.
Se valendo de dois reais e oitentas centavos no bolso.

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Luiz Bomfim ESCRITO POR Luiz Bomfim Escritor
Maceió - AL

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