Eu até poderia voar
Eu posso voar com os pés no chão
Estar e me fazer sair dali.
Num breve breu a meus olhos,
Voar ao longínquo mais distante
Bem por dentro de mim mesmo
E voltar para onde nunca fui
Sem saber ao menos o caminho
Eu sigo de encontro a mim
E perco-me, vejo-me bem de longe
Estou onde posso, quero e consigo estar,
Mas sou o que sou em qualquer lugar.
Nunca o mesmo, é verdade
Mas sempre eu, sentindo
Meus próprios sentimentos
E a partir deles agindo
Como se eu fora eles, mas eu mesmo
Se e somente se eu sinto, eu sou
Fora isso, eu só estou
Imitando os outros, conduta, tudo igualzinho,
Como me foi mandado com muito carinho
Quando eu só era um menininho.
Hoje eu sinto, penso, sou
E é desta forma que eu passo os dias,
Dia após dia vendo se o luar desta noite
É mais lindo que o despertar de ontem bem cedo.
Quando acordei, meio que com os olhos fechados,
Vendo o céu para ver se já era hora
De imitar os outros, pelo menos em algumas coisas
Que como não sei são iguais para todos os dias.
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