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Deita aqui

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Deixa eu contar como foram esses meus vinte e poucos anos de vida, deixa eu falar baixinho enquanto você ouve meu coração bater e eu te faço carinho. Deixa eu sorrir com você das bobagens que já fiz, deixa eu expor meus erros e te ver não sair daqui.

 

Deita aqui, pertinho. 

Deixa eu ouvir seus medos, deixa eu ouvir seu coração bater, sua respiração. Deixa eu cuidar de você. Deixa eu sorrir e sentir aquele ciúme sadio de algumas histórias suas. Vem cá, encosta. Não precisa esconder suas verdades. Eu levo toda sua bagagem. O peso não será somente seu, eu divido com você. Se depender de mim, você nunca mais estará só.

 

Vem...

Vamos dividir sorrisos, novos sentidos, novas histórias para todos os velhos lugares da cidade. Vamos dividir a lembrança de uma noite boa, de uma tarde nublada ou de uma manhã totalmente chuvosa. Quero ser seu porto seguro, quero ser seu abrigo, sua melhora. Quero seus sorrisos sem motivo, mas quero ser o motivo.


Você tem me trazido uma paz, uma leveza que às vezes mal sinto os pés no chão. Tem me trazido uma energia boa, sem limitações. Você não impõe, simplesmente me deixa ser. Você me resgatou de mim. Me faz ver quem de fato sou e quem eu posso ser.


Deita aqui. Dormir ao lado de alguém é uma das formas mais claras de confiança - para mim. Se está totalmente desprotegido, com os sentidos limitados. Ali, desarmados, com os músculos relaxados. Só se deita, adormece, ao lado de um coração em que a gente confia. 

Deitei.

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Iara P.Vilela ESCRITO POR Iara P.Vilela Escritora
Maceió - AL

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