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Eu abro a janela e vejo a vida bela

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Para D. Liége

'Penso em ti devagar, bem devagar, com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom que parece que estou te embalando dentro de mim.'

Rubem Braga

 

Eu abro a janela

E vejo a vida bela

Eu vejo muito a além das necessidades

- Um mundo de possibilidades –

Mais que louças para lavar

Eu vejo que tive pão em minha mesa

E os momentos de tristeza

Serão por certo menos significativos

Que os momentos de alegria

Afinal, sentir é um atributo dos vivos.

 

A dor da realidade

É menor que o desengano

Que, se trabalhei todos os dias do ano

Foi porque tive saúde

Portanto, não reclamo.

Fiz o que pude

Se não fiz tudo que quis

Por isso apesar e não porque

Eu vivo para ser feliz.

 

Eu abro os olhos

E o mundo me assombra

E encanta

Esse mesmo mundo que me cobra

Que me espanta

Possibilita-me

O ato de abrir ferrolhos.

 

Com a janela aberta

Eu vejo mais além

Do que a vida incerta.

Eu vejo que ninguém

É forte ou feliz sozinho

Por isso em meu caminho

Eu busco por alguém

Pra caminhar comigo

Um bem

Um outro

Um amigo.

 

Eu abro a janela

E vejo a vida bela

E sei que tudo nela

Tem começo, meio e fim

- é simples assim -

Ou breve ou longa

Com deleite ou açoite

Após cada noite

Amanhece um novo dia.

 

Apesar da correria

De nadar contra a correnteza

Das dores, dissabores, mazelas

Com um pouco de cautela

Mas muito de certeza

Eu tenho a ousadia

De abrir minha janela

E achar que a vida é bela.

 

08.03.2013 / 02:32hs

 

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Emanuel Galvão ESCRITO POR Emanuel Galvão Escritor
União dos Palmares - AL

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