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Anjo das profundezas



Das profundezas tirei aquela criança
Que agonizava, agora, na alvinitente
Areia que a sentia viva, não mansa
Como a dor da imagem, horrivelmente.

O pranto sofrido, o corpo ferido
E a vermelhidão que me assombrava
Branca era a cor do anjo caído
Que a minha alma negra segurava

Rogava aos céus, ora tão crente!
Qualquer oração sabida amargamente
Para o primeiro Deus que me ouvisse

Não vi surgir de mim nem um santo
Mesmo o desespero me abrindo tanto
Parecia o inferno, se subisse.

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Jô D'Gleyze ESCRITO POR Jô D'Gleyze Escritora
Colônia Leopoldina - AL

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