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Abstinência.

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Poucas horas depois...
Sinto dores no sorriso.
Sinto a cor do silencio atormentar minha cabeça.
Tingindo meus pensamentos de solidão e azul.
Vejo fantasmas vestidos de noite sem luar.
O olhos lacrimejam. 
É saudade que bate à porta?
Não sei. Não sei mais nada.
Acho que vou chorar.
Será que se eu sair de mim encontro melhoras pelas esquinas?
Será que seu ficar as paredes cairão?
Meu mundo cairá?
Nada disso, tudo já caíra por céu. 
O céu me inferniza com seu estrelado.
Tudo se perdera de espinhos perfurando a pele fria de minha dor.
Não sinto mais minhas mãos. Não sinto meu próprio calor.
Eu me calafrio. Me distorço. Me contorço.
Me desafogo tentando me afogar no escuro de um dia de eclipse.
Pronto! só me faltava tremer.
Vou fumar e a desgraça da fumaça é feita de letras, como a sopa que derramei sobre o colo, queimando-me a calça jeans.
Sofrendo-me.
Vai passar?
O cisco me caiu no olho e falou-me:
-É apenas abstinência.
Melhor acreditar em ciscos que em pessoas...
Vou ver se passa...
Ou passo eu.

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Zé de Quinô ESCRITO POR Zé de Quinô Escritor
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