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Moema

                                                            

Nascida,

Crescida,

Sofrida,

Menina, moça, mulher.

Menina mal amada.

Moça desesperada.

Mulher determinada.

Luto,

Dor,

Tudo que desejava

Era ser Amada,

Aparecida, adorada.

Mas ninguém a observava.

A Não ser a sua Sombra.

Sombra Fria, e sombria.

Está Pressa a sua Obsessão.

Quer Atenção!

Mas Quem a dá?

Todos estão Ocupados

Mergulhado na Dor da Morte,

Na Dor que Destrói e coroe.

Desespero,

Aflição.

Nunca foi Amada Como:

Filha, Neta e nem tão pouco,

Por um amor.

Gerada no Ventre

Da Decepção e da angustia.

Sua Vida é um Eterno mar de amargura.

Quer Amar e ser Amada.

Está tensa,

Seca,

Estéril.

Corpo inerte e pendido

Num Mar de Sargaço,

De Redes, de Afogedos

E de barcos Vazios.

Sua fuga é um Quarto

Escuro, Frio e sombrio.

Está diante de si mesma.

Olhar Tenso e extenso.

Olha,

Ignora,

Se Apavora...

Em seu Corpo

A merca da sua sina:

               Suas Mãos!

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Marcos da Cruz ESCRITO POR Marcos da Cruz Escritor
Paripueira - AL

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