Pequeno revolucionário
Desde pequeno me afligi a alma;
deito, rolo, e meus olhos não sossegam.
Ouço meu pai atentamente.
Reparo em minha mãe e minhas irmãs.
Todos com seus dias preenchidos.
E, eu, na iminência do que ainda não sei.
Busco um canto calmo na casa.
Espalho toda minha imaginação
nas telas que tenho à minha frente.
Eu, um menino;
um revolucionário das cores
e futuramente das palavras.
Mamãe me chama.
Todos à mesa, jantamos e agradecemos.
Eu, um menino alto e poeta.
Um revolucionário
sem ainda saber que será.
Penélope SS
21-12-17 16h:09
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