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A HISTÓRIA DA ANTIGA FÁBRICA DE FIAÇÃO E TECIDOS VERA CRUZ DA CIDADE DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS - AL.

• Atualizado

"COMPANHIA MIGUELENSE DE FIAÇÃO E TECELAGEM VERA CRUZ."

A Companhia Miguelense de Fiação e Tecelagem Vera Cruz, foi criada no início do século XX, Aproximadamente, por volta de 1925.
A indústria têxtil pertencia ao grupo de acionistas. Liderado pelo Sr. Miguel César Teixeira. No qual, era gerente - presidente da instituição. Alguns acionistas venderam suas ações para o Dr. Antônio Leocádio da Rocha e Silva, que tinha acabado de chegar à São Miguel dos Campos. O mesmo era médico de grande projeção no Rio de Janeiro. Rico e muito formoso.
O jovem empreendedor também era dono da fazenda escuro, que ficava localizada na extremidade da fazenda Coité.
No decorrer dos anos, Dr. Leocádio comprou as demais ações dos outros acionistas. Foi quando ele negociou a indústria para um Grupo de Português, formados por: Antônio Nogueira Junior, Carlos da Silva Nogueira, José da Silva Nogueira e Aluísio da Silva Nogueira. Gestores da firma João Nogueira & Cia Ltda. Isto em 1942
Assim que o grupo assumiu a indústria. José da Silva Nogueira foi o indicado para assumir a gerência da fábrica. A mesma recebeu uma nova indentidade. Passando a se chamar, Fábrica de Fiação e Tecidos Vera Cruz.
Jose da Silva Nogueira administrou a fábrica por muito tempo. Quando este faleceu, quem assumiu o destino da fábrica foi seu filho, João Nogueira Neto. O mesmo realizou um excelente trabalho em prol da indústria. A mesma ganhou uma nova estrutura como também, cresceu em extensão. A prioridade do proprietário da fábrica era de movimentar o comércio local.
No decorrer da sua administração, ele criou para os operários da fábrica, a vila operária. onde ninguém pagava aluguel, nem água e nem luz
João Nogueira Neto deu toda liberdade para que fosse criado no município, o Sindicato dos Operários das Indústrias de São Miguel dos Campos Órgão destinado a defender os direitos e deveres da classe operária. João Nogueira Neto também era homem cultural, ele realizou diversos bailes no salão nobre do Cinema Ideal, de propriedade da família, Aprattos e Medeiros. Como por exemplo: Festas Juninas, Carnaval e o tradicional Dia do Trabalhador.
Em 1973, com o aumento da produção de tecidos, a fábrica teve que comprar novas máquinas para abastecer o comércio local e outras localidades fora do município. A fábrica produzia fustão, brim, morim, bramante, toalhas e outros produtos oriundos do algodão.
Com a crise que passava Alagoas e o Brasil na época. A sua produção diminuiu completamente, onde vários empregados foram demitidos, chegando ao ponto de fechar suas portas. Fato que aconteceu em 2004. Segundo o industrial relatou, que a indústria faliu por causo da falta de algodão. O peço era alto. A indústria tinha que comprar o algodão no sertão alagoano ou no sertão pernambucano. E ainda mais, transportar pra São Miguel.
Em 2006, aproxidamente. O complexo foi vendido para a Prefeitura Municipal de São Miguel dos Campos, Onde até pouco tempo estava abandonada. Na gestão de George Clemente foram criados diversos equipamentos no local. Para beneficiar não só à cidade como também, a comunidade. Oferecendo cursos e empregos.
Sua história e a sua trajetória de vida, continua presente na memoria dos miguelenses e dos alagoanos. A mãe têxtil não morreu, ela continua viva! Pois sua historiografia, está documentada e registrada em livros e nas redes sociais. Como também, no acervo histórico e cultural do Museu Fernando Lopes.

* Texto Escrito Por Ernande, Bezerra de Moura.

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Ernande Bezerra ESCRITO POR Ernande Bezerra Escritor
São Miguel dos Campos - AL

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