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Análise do poema 14 de Arriete Vilela








Poema 14

A Palavra
cria, subverte e celebra
seus simbolismos
suas metáforas
seus confrontos
fracassos
fronteiras

pelo gosto de transgredir-se
de denunciar-se

— ora por ser delito
na tradição

— ora por ser delírio
no esplendor.

A composição do texto “poema 14” contribui com a intencionalidade da autora quando utiliza apenas uma palavra para compor duas (2) estrofes e o (-) que mais comum no texto em prosa favorecendo o enriquecimento linguístico conteúdo do texto. Isso se atribui a qualidade do poema.
Embora a forma de um texto não o defina como uma poesia, mas essência conferi o mesmo, torna o poético Bosi, Alfredo (1996:30): “para isso, entretanto, é preciso que o poeta use as palavras de maneira especial, particular, nova: que haja o estranhamento, o desvio.
Usando as palavras de maneira especial a poetisa aplicar o qualitativo poético que é o rompimento da formalidade que faz do texto poético em sua essência, arte para que possa forma através de conjunto de palavras poeticidades com uma utilização de artifícios que podem transformar o simples dizer em engenhosidade poética. Favorecida pela sensibilidade do momento instiga o poeta a criar das façanhas.
“Sócrates Apud Bosi (1996:67) define o poeta como ser alado, leve e sagrado incapaz de produzir quando entusiasmo não o arrasta e faz sair de si... Não é o poeta que dizem coisas maravilhosas, mas os emissários da divindade que nos falam por sua boca.”
Não reconhecendo os poetas como ‘’ emissário da divindade’’, porém mesmo não tendo um dom divino tem uma capacidade extraída da capacidade humana de si em dispor a realizar algo, o seja, lutar com as palavras que conseguir nos transmitir de forma sintetizada, e através do sentido tão amplo a utilização e suas façanha na vida do homem comum e na vida do poeta. Pois, a relações humana se faz através dela que possui importância fundamental na construção do sujeito e desde sua criação pelo homem a pensar e busca as respostas cientificas de sua função. “Ainda, pelo seu poder pode nos dá o “céu” e nos tirar o “ chão “.
A exploração de materialidade da palavra e de possibilidade de organização sentenças verbais que enriquecem a múltiplas formas de utilizar a palavra exteriozação do invisível, a forma através de construção de versos do poema analisado contribui com a intencionalidade e literalidade do texto que embora abstrato se traduza em emotividade, percepção, prazer e estética.

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Maria Alice Santos ESCRITO POR Maria Alice Santos Escritor
Matriz de Camaragibe - AL

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