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ANA LINS E A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817.

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ANA LINS E A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817.

O maior motivo para acontecer a Revolução Pernambucana, foi o aumento dos impostos cobrados por Portugal, que revoltaram completamente toda população da Capitania de Pernambuco. Inclusive Alagoas, que na época pertencia a esta capitania.
Muitos alagoanos aderiram a revolução foi o caso de Ana Lins e seu esposo Manuel Vieira Dantas da vila de São Miguel. Além deles, os seus filhos, Manuel Duarte Ferreira Ferro e Francisco Frederico da Rocha Vieira e os voluntários, Rosa Gentio da Costa e José Antônio Leão de Jequiá da Praia.
O engenho Sinimbu de propriedade de Ana Lins e Manuel Vieira Dantas foi o principal ponto de partida da revolução aqui em Alagoas. O engenho tornou-se num verdadeiro campo de batalha contra às tropas de D. João VI. Mas, infelizmente as tropas portuguesas venceram a revolução.
Ana Lins se entregou, já seu marido e os filhos fugiram por dentro dos canaviais e tomaram destinos ignorados. Os portugueses não decretou a prisão de Ana Lins, mas como castigo encendiaram os seus canaviais e destruíram os materiais da casa grande como também do seu engenho. Ana Lins teve que reconstruir tudo de novo.
No decorrer da revolução aconteceram dois fatos lamentáveis: Foi a morte de José Antônio Leão, que foi morto e esquartejado e, cada parte do seu corpo foi pendurado em estacas, por diversos pontos da areia brancas da praia do Jequiá. Antônio Leão teve o mesmo feitio de Tiradentes. O destemido sonhador é considerado na história de Alagoas, como o "Mártir de Jequiá da Praia". Na época este município era distrito de São Miguel. O outro episódio foi a prisão de Rosa do Gentio da Costa, que se vestiu de homem e alistou-se como voluntária a favor da tropa portuguesa, contra os senhores de engenhos. Foi quando os portugueses descobriram que Rosa Gentio da Costa era uma mulher. Ela foi presa e amarrada num tronco e lhe deram varias chicotadas. Depois de ser barbaramente castigada, retalharam todo seu corpo e sagaram, afim de descobrir o nome do engenho e do seu proprietário. Rosa do Gentio da Costa suportou todo os castigos, morreu como uma guerreira, por não ter revelado o nome do engenho do qual pertencia e nem o nome do seu dono. Rosa Gentio da Costa é ficou imortalizada no contexto histórico de Alagoas, como "A Heroína Negra" ou a Maria Quitéria das Alagoas.
Apesar dos pensares, a Revolução Pernambucana contribuí bastante, para que Alagoas ganhasse a sua independência. Fato que aconteceu no dia 16 de setembro de 1817.
Segundo reza a história, que Ana Lins morreu satisfeita, pois seu desejo foi cumprido antes dela falecer. O seu maior desejo era de ver, Alagoas separada de Pernambuco e o Brasil de Portugal. Ana Maria José Lins faleceu no dia 27 de abril de 1839.

* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura.

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Ernande Bezerra ESCRITO POR Ernande Bezerra Escritor
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