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À Maria Pereira, um canto de Adeus!

Ah, Maria Pereira, como eu queria,
Que o futuro para você não tivesse chegado dessa forma.
Mas, que apenas a infância em sua vida tivesse começado.
Ou até mesmo depois de você ter constituído sua família o presente tivesse congelado.
O nosso passado foi lindo, foi mágico, foi divino.
Brincávamos, brigávamos, sorríamos e até chorávamos.
Éramos tia e sobrinho? Ou só apenas A Maria e o Toinho?
Mas como uma árvore frutífera nesta nossa tão breve vida,
Nascemos, crescemos, reproduzimos e morremos.
Nossa infância não foi de riquezas,
Mas como pobre foi de nobreza.
Como minha tia,
Você auxiliou a minha mãe a me educar.
Como minha irmã,
Me botava para dormir cantando lindas canções de ninar.
E agora você parte sem ao menos dizer adeus,
Ou dar uma explicação,
Deixando um desfalque em nossa família e uma grande lacuna em nossos corações.
É bem verdade,
Que é morrendo que se vive para a vida eterna, Mas mesmo assim,
Tia Maria Pereira,
Dói demais sua ausência.
É triste, é muito ruim!
Mana Pereira, se viver for uma arte, você foi uma artista.
Porque enquanto todos sorriam,
Só você chorava,
Para que no dia de sua partida,
Todos chorassem e só você sorrisse.
Quando partisse de mar a dentro,
Deixando o cais da vida física,
Velejando para um plano melhor.
Muito choro e lamento,
sem aceitar este fatídico momento,
cada vez que você se distanciava,
Lenços molhados de lágrimas se contorciam ao vento.
Enquanto os nossos corações emudecidos, traspassados
De fortes dores,
de tristezas e sofrimentos.
Mas ao atravessar o oceano,
Que alegria,
Que emoção,
Legiões e legiões de anjos,
Todos de branco, com bandeiras brancas,
Te esperando com lindos cânticos de salvação.
Quero te dizer que valeu,
Pelos difíceis e bons momentos
Que compartilhamos como tia e sobrinho,
Irmãos ou amiguinhos.
Adeus minha amada tia e irmã!
Que a graça e a misericórdia de Deus te acolha na hoste angelical.
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Antonio Batista ESCRITO POR Antonio Batista Autor
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