Sou alagoano de Viçosa, onde vivi a primeira infância até os 7 anos de idade, estudando no Jardim Infantil Coração de Jesus e o Grupo Escolar 13 de outubro. Meu pai, funcionário público federal, também participava do movimento cultural da cidade, escrevendo em jornais, revistas e produzindo poesias, atividades que também desempenhou na capital, sempre me incentivando a ler e escrever.Não tive escapatória: virou jornalista, professor e escritor. Entrei na Universiade Federal de Alagoas, nunca mais parando com essas três profissões, continuando mesmo após a aposentadoria, mas voluntariamente.
Meu primeiro livro publicado em 1999, foi A História de Alagoas - dos Caetés aos Marajás, em duas edições, com três mil eemplares, vendidos num sistema não convencional: proferindo aula debate em colégios, cursinhos, faculdades, entidades diversas e até numa praça pública lotada de meus alunos de um curso pré vestibular. Depois, o mesmo texto foi impresso com 1 mil exemplares, pela gráfica do Impacto Curso, que reuniu seus alunos numa atividade extra classe: o Bar Fera, na maior churrascaria de Maceió, onde foi realizado uma aula show, comigo no palco abrindo o debate sobre o livro, nos intervalos show com artistas da terra e depois autografando todos os exemplares.
O segundo livro, foi de memórias, com 500 exemplares, também vendido a familiares e amigos. Mais um álbum revista do Senai, sobre Os Construtores do Progresso de Alagoas, com 1 mil exemplares e finalmente o meu primeiro romance histórico: O Rapto da Sinhazinha, lançado em agosto de 2014, com 400 exemplares. Nunca fiz festa de lançamento, nem vendo em livrarias. Pago a gráfica com recursos próprios, sem qualquer participação de terceiros (patrocinadores) e esse último, uma novidade: vendo através do facebook, com o interessado pegando o exemplar com dedicatória e deixando o dinheiro com o porteiro do meu prédio. O livro tem como "pano de fundo" a região de Alagoas (Capitania de Pernambuco) no século XVII,quando da Invasão Hlandesa. Criei fatos fictícios,românticos, historiando o amor e ódio, as traições, a destruição e a restauração que se desenrolaram naquele século, o mais tumultuado da nossa História. Tem a parte 2, dedicada a genealogia da família Pimentel, uma das colonizadoras de Alagoas.
Hoje, divido meu tempo entre o campo (Viçosa) e a cidade (Maceió). Mantenho no Povoado Bananal, o Gabinete de Leitura e Pesquisa Jornalista Jair Pimentel (Biblioteca, Clube do Livro, Escola dos Sábados e Hemeroteca) e a Casa Museu Jornalista Jair Pimentel (mobiliário, peças, fotos, manuscritos, documentos) tudo lembrando uma casa grande de um engenho de açúcar. Trabalho volutnário e prazeroso, sem qualquer participação política, apenas a ajuda financeira que recebo de primos empresários, para manutenção desses dois serviços. O mais importante de todos: Levar a cultura a comunidade, carente do saber, filhos de trabalhadorees rurais, que estudam na cidade e no fim de semana, frequentam a biblioteca e a escola, além de levar livros para ler em casa, devolvendo na semana seguinte. Minha meta é transformar todos em verdadeiros cidadãos intelectualizados.