DESNUDA
A estréia do espetáculo de dança contemporânea foi muito feliz. O grupo de teatro Saudáveis Subversivos leva ao espaço cênico três mulheres. Três vidas. Três histórias contadas, dentre as tantas de outras mulheres que marcaram a Humanidade. O cenário bem raiz. A encenação peculiar. Histórias individuais são retratadas paulatinamente. Histórias diferentes. Concepções desiguais. Temática única. Imagem visual em sincronia com a performance das atrizes.
A primeira - mulher mística (por Mary Vaz). Cultura milenar, mas em crescimento. O gestus enraizado. Corpo dobrado, mais próximo ao chão, remete a uma fidelidade às raízes culturais e à "sensualidade".
A segunda - mulher revolucionária (por Charlene Saad). Cultura repressora. Visão auxiliada por um terceiro olho, para dimensionar o poder de libertação. Mas prende-se à infância ao projetar uma voz infantil, inquietante.
A terceira - mulher sabedoria (por Valéria Nunes). Cultura solidariedade. O bem maior da Humanidade. Carrega o peso da responsabilidade por uma sociedade igualitária. Mas, através da "arte primeira - a dança", mostra a possibilidade de se concretizar este ideal: o bem comum.
(Assisti no dia 02/05/2011, estréia no Teatro Linda Mascarenhas)
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