Caos da desigualdade
No cortiço, na taipa, no resto de coisas
…de qualquer coisa,
Da espuma, do papelão, do pedaço de telha
Num tudo em todo em nada
É no sofá rasgado, no vazio da geladeira,
No chão que se vai, em tempos de chuva
É na barriga que ronca
Nos olhares que se cruzam
Sem nada a dizer
Que se mostra o reflexo nu e mal passado
Ensangüentado e sem reflexo
Da autofagia humana de todos os dias
Do autoflagelo redundante de todos os dias
De todas as cidades
Patologicamente desiguais
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