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Por que temos tanto medo de demonstrar o amor?

Hoje fiz mais uma descoberta e decidi compartilhá-la com vocês. Sabem o que descobri? Que nosso tempo é tão curto e passa tão rápido que, se não dizemos tudo o que sentimos ou fazemos tudo o que queremos agora, não vamos ter outra chance.

Sei que muitos irão dizer que já sabem disso, outros que seguem a risca esse ditado, mas se isso é verdade, porque existe tanta gente com dificuldades para amar? Ou melhor, porque existem tantas pessoas que não conseguem dizer o quanto aquela pessoa as faz feliz?

Que medo é esse que nos faz prisioneiros… Que nos torna tímido diante daquele alguém… Que nos obriga a ficar calado mesmo tendo tanta coisa pra falar? Que medo é esse que nos faz ficar arrependidos por não ter chorado ou rido quando deu vontade? Que medo é esse que nos tornam arrependidos por não ter dito sim mais vezes e não menos?

Não, eu não sei qual é esse medo e nem por que o temos; O que sei é que temos e ponto! Eu tenho e você também, mas não deveríamos ter. O amor não é algo que assusta, nem algo inventado, ninguém ama à primeira vista: conhecemos alguém e com o passar do tempo admiramos as qualidades que ela tem, bem como aceitamos os seus defeitos. É uma emoção tão poderosa que preenche todo o ser, nos impulsionando a tentar mostrar ou falar para certo alguém o quanto ele nos faz bem.

Então, eu pergunto, por que eu sou diferente? Por que eu tropeço nas palavras e nada sai da minha boca além de superficialidades? Por que eu não consigo expressar como me sinto? Por que eu não consigo dizer “gosto de você como se ama algo conquistado com dificuldade, como se ama o diamante mais raro, como se ama a lágrima que fortalece e como se ama a felicidade”. Por fim, eu pergunto, por que eu não sou a única que padece desse mal?

Não, simplesmente, não entendo o porquê!

Talvez seja por que nos importamos com o que os outros vão pensar ou dizer, mas quem são eles pra julgar as nossas decisões? Ninguém tem o direito de falar coisa alguma. Outro motivo é o medo de parecer ridículo e o de nos machucarmos. E por último, é o nosso temor de sermos rejeitados, mas pior que o não é a incerteza e o “e se eu pudesse voltar no tempo?”.

A respeito deste, eu aconselho, a você e a mim, que aproveite as oportunidades e não deixe as declarações para amanhã. Afinal, não existem segundas chances!!

Não puna alguém com o silêncio por causa de brigas. Em alguns casos, passam-se anos, meses e a punição continua, afastando duas pessoas que outrora foram amigos e por causa de um erro tolo perderam esse elo raro. Por fim, seu ex-amigo morre (ou mesmo, muda de cidade) é aqui que entra o remorso. É aqui que o “e se…” apresenta-se em nossas vidas com força total. Mas não há mais o que fazer! Nosso tempo passou, deveríamos ter dado o braço a torcer anos atrás.

Por isso não devemos permitir que a morte, a distancia, o tempo, o medo do ridículo, o outro, tire a nossa chance de falar o quanto amamos as pessoas, sejam avós, tios, irmãos, amigos, professores, maridos, filhos;

Aprenda a fazer gestos de amor, a ajudar o outro quando ele não pede, a dizer “eu te amo” de verdade e a falar palavras que alimentem a alma. Mesmo que digam que estamos sendo tolos, mesmo que nos critiquem, mesmo que tentem se aproveitar do nosso gesto: vale à pena!!

O meu conselho (e quem sabe eu não me escute também) é arrisque apesar de poder dar tudo errado, de que talvez possamos nos machucar ou de passar vergonha ou de fracassar. Afinal, é preferível tentar à desistir, pois como dizem “o não você já tem, agora vá atrás do sim”.

P.S.: Olhe e perceba a resposta é sim!

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IORGAMA PORCELY ESCRITO POR IORGAMA PORCELY Escritora
São Leopoldo - RS

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