Orvalho solitário
Naquela chuva vazia e tão profunda pelas artes fantásticas de seres mortais estipulando medidas dramáticas, cobertores como capas de majestades. Antigamente dois eram vistos, hoje apenas um sente o gosto tão amargo da solidão que não passa, pode ser que o tempo fique apenas congelado por segundos, mas sempre volta ao normal.
Alimentos conduzidos para serem desfrutados completamente por devoradores.
Quando a cidade dorme, para onde vão as pessoas? O que elas fazem na madrugada chuvosa? Ver ao longe luzes acesas e não enxergar seres vivos é uma filosofia que desafia o pensamento.
Sentir sentimentos capazes de fazer o espírito gemer não é controlador como as histórias em quadrinhos. Quando você achar que sabe o que alguém sente não tire conclusões que não serão reais, tudo que você pensa pode ser diferente do assunto que você julgou antes. A dimensão daquele lugar é vista como as medidas incalculáveis do universo.
De que adianta ter rios de novidades e ninguém para compartilhar? De que adiante pensar naquela pessoa, desejar tão forte e saber que ela não virá?
“A solidão esconde quartos que nem mesmo aqueles que conhecem querem frequentar”.
Agonia é uma passarela lisa que você vai e volta e permanece caindo e vendo sempre o mesmo movimento. É uma dor que traz mais dores piores do que ela mesma e não há limites para falar sobre o que não tem fim definido.
Existe agonia maior que a de saber que vai morrer?
Numa vida tão estranha e sem preenchimento isso seria fácil de admitir, mas mesmo os mais astutos seres que vivem escondidos pelos lugares proibidos não conseguem aceitar essa afirmação. O momento pensando é bem aproveitado, mas o momento real é um pesadelo com duração eterna.
Você pula, geme. Grita, fica calmo, aceita e de novo se recusa a aceitar. Sorri, chora, fica feliz e depois fica triste de novo.
Observe seus caminhos, seus planejamentos, mas quando se sentir só peça ajuda.
Pois: Até mesmo o todo-poderoso é o mais humilde e tem seus ajudantes.
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