Cidade
Cidade
Gosto de quem gosta
de sua própria cidade.
Parece que transbordam
amor e paixão pela vida.
Não basta amar as pessoas em demasia.
Amam em excesso, o sol e o mar.
Amam por amar, com ou sem sucesso.
Amam também superpostos
grandes blocos de pedra
em casas e prédios expostos.
E ruas, praças e árvores.
Amam o frio e o calor,
o perfume e o fedor,
a rotina e a carnificina,
as orlas e as favelas.
E por suas cidades, por elas,
lutam bravos e preservam.
Gosto dessas pessoas
que amam suas cidades.
Já este pobre eu
ama apenas uma lembrança
de uma cidade que nunca existiu.
Maceió é minha cidade, dizem.
É uma linda cidade, continuam.
As praias mais belas, reforçam.
Não discuto, nem lamento.
Não sei amar o que está fora
e mal amo o que está dentro.
(Poema parte do livro Monólogo do poema ensanguentado, disponibilizado em pdf no blog Blog Monologo do poema ensanguentado .)
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar,
distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao
autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra.
Você não pode criar obras derivadas.
0
1 mil visualizações •
Denuncie conteúdo abusivo
1 mil visualizações •
Comentários