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LIRA PARA ALVORECER A ALVORADA

 

 

 

 

Escuto o silêncio

Dizer á madrugada

Que se prolongue nos invernos:

 

 

Ah,

Enquanto esta ordem-conselho

Se processa na mente do tempo,

 

 

Cavalga por todo o meu cérebro

O viscoso e insólito pensamento

De que seja o basáltico céu empalidecido

A perfeita comunhão entre a elação da beleza

E os sortilégios dum mar capcioso e sombrio.

 

 

Escuto o silêncio

Dizer á madrugada

Que se prolongue nos invernos:

 

 

Esta miscível atmosfera eclética

De anestesia, Prosa, Poesia,

Onirismo, miasmas, niilismo, corvo, frescura,

Espreita, peçonha, perfídia e coruja

 

 

Casamata um reino de desovas, volúpias,

Espermas, esperas, espirais de psicodelia,

Enseada para fugas ou a Política daninha,

Teatro, Baco, vinhas, sangue a cada esquina;

Heróis, concertos de Rock e Operas que reverenciam

A Jazzística Cinética Ventania!

 

Escuto o silêncio

Dizer á madrugada

Que se prolongue nos invernos:

 

 

Capturo as essências da urina,

Da friagem, do orvalho, da orquídea em remanso,

Da groselha e da azaleia de ébano,

Aspergindo-as na página em branco

Do meu corpulento caderno

De Vermelhos Versos Saltimbancos!

 

 

 

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

·                                 http://twitter.com/jessebarbosa27

 

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