A Canção do Silêncio
O vento entreabre a janela.
Cautelosamente, caminho ao encontro do som
que invadiu o meu quarto
e desfila afrontoso,
cantarolando uma ode inaudível.
Os meus ouvidos,
turvos de timidez,
hesitam.
Vagarosamente, esgueiram-se para fora,
e, juntamente dos demais sentidos,
pasmam.
A Lua, Cheia de si,
celebra o anoitecer
entoando
A Canção do Silêncio.
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