Tema Acessibilidade

DOENÇAS PSICOPATOLÓGICAS NO AMBIENTE DE TRABALHO: A DEPRESSÃO EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Devido às diversas situações impactantes que rodeiam o ambiente hospitalar, nas quais os profissionais vivenciam diariamente e que acabam abalando o psicológico e o emocional dos mesmos, muitas vezes por falta de estrutura e falhas no sistema que c

A saúde é o maior bem de qualquer cidadão e dentro desse contexto, segundo o art. 196 da Constituição Federal, todos têm direito e o Estado o dever de oferecer a garantia de ações e serviços de promoção, proteção e recuperação, com o intuito de reduzir riscos de doenças e outros agravos. E a saúde mental não fica em segundo plano, sendo necessário e imprescindível cultivar esses cuidados diariamente.

No âmbito profissional, há vários fatores que cooperam para o nosso bem-estar, tanto físico quanto psicológico, como boas condições de trabalho em um ambiente dinâmico, harmonioso e humanizado. No entanto, além desse fator mencionado acima, outro elemento que também influencia na satisfação dos colaboradores de uma instituição em todos os aspectos e que induz em resultados positivos em seu desempenho organizacional é a estrutura física, as matérias primas e recursos operacionais de qualidade disponíveis, além de treinamentos e estudos comportamentais da mão de obra, uma vez que pesquisas demonstram que o equilíbrio emocional aumenta a produtividade na medida em que diminui o estresse ocupacional. Varella Bruna (2011) explica que:

Depressãoé uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite (VARELLA BRUNA, 2011).

No ambiente da saúde, todos os profissionais estão suscetíveis a desencadear a depressão e outras doenças relacionadas à psique. Os setores mais opressores em uma instituição hospitalar são: Urgência e Emergência; UTI (Unidade de Terapia Intensiva); Centro Cirúrgico e CME (Central de Material Esterilizado). Os colaboradores desses setores, exceto os do CME, vivenciam casos e situações diversas constantemente e os momentos mais críticos de seus pacientes os colocam em um estado de tensão, despertando suas emoções e sensibilidades mais profundas, o que na maioria das vezes acionam a desmotivação deste trabalhador. Devido a tais condições da rotina de trabalho extenuante do profissional da saúde, atuando sob grande pressão diária, os mesmos podem acabar adquirindo depressão em algum momento de sua vida ou qualquer outra patologia proveniente da mesma. Segundo Ferreira (2015):

Estudos mostram que o público-alvo mais atingido são mulheres, que variam entre estudantes de graduação, residentes, auxiliares de enfermagem e profissionais com o ensino superior completo em enfermagem, que além dessas ocupações têm de associa-las aos cuidados com a casa, filhos e maridos, sem contar com os problemas, conflitos familiares e outras questões pessoais que contribuem mais ainda com o estresse seguido da depressão (LIMA FERREIRA, 2015).

Levando-se em consideração esses aspectos, nosso Projeto de Intervenção buscou retratar o cenário dos profissionais de saúde e os riscos em que estão sujeitos, principalmente os riscos psicológicos que os rodeiam em seu cotidiano. As doenças psicopatológicas têm sido uma das maiores preocupações para a OMS (Organização Mundial da Saúde) e um dos maiores entraves na atualidade que vêm abalando toda a sociedade. Nosso objetivo com a elaboração deste projeto, foi conscientizar e sensibilizar as organizações de saúde sobre os impactos que as rotinas esgotantes causam no profissional da saúde e o quanto isso afeta no seu rendimento em suas responsabilidades, bem como o progresso de toda instituição.

PROBLEMA

Desde os primórdios, é possível observar que os profissionais da saúde trabalham ou executam suas atividades sob grande pressão, e atualmente com o surgimento de uma variedade de patologias essa rotina tem se tornado cada vez mais estressante. Outro fator relevante é a sobrecarga, como por exemplo: o profissional tem oito horas trabalhadas, porém na maioria das vezes há excedência dessa jornada de trabalho, esse problema existe nas atuações dos mesmos, os obrigando a executar várias funções ao mesmo tempo, além de desenvolverem atividades que, por sua vez, não são de suas responsabilidades. Nunes (2008) afirma que:

"De acordo com a psicóloga Virgínia Nogueira, autora da dissertação de mestrado "Pressões no Trabalho e a Criatividade no Contexto Organizacional", defendida na Universidade de Brasília (UnB) o trabalho sob pressão parece ser determinante para o sucesso de uma empresa, mas não é. Ao contrário disso, ele pode prejudicar o funcionamento da organização". (NUNES, 2008).

Com o aumento da tecnologia, pensávamos que essa rotina de trabalho poderia se tornar mais dinâmica e menos exaustiva para os profissionais da saúde, porém constatamos que não é bem assim que funciona. A cada dia surgem novas ferramentas e equipamentos mais sofisticados e mais ágeis, entretanto o capital humano continua sendo indispensável, o que obriga e exige do funcionário acompanhar o mesmo ritmo acelerado das máquinas a fim de manuseá-las corretamente. E quando o mesmo não consegue se adaptar a esse ritmo é vítima da opressão, de ameaças e do abuso de poder por parte de seus superiores, e muitas vezes esses superiores não têm a visão e as atitudes de um bom gestor, atuando como chefes insensíveis e incapazes de compreender que seus funcionários são seres humanos e não máquinas.

Os colaboradores de uma instituição hospitalar assim como os clientes/pacientes necessitam de cuidados, visto que os mesmos também podem ficar debilitados seja devido às execuções de suas próprias atividades ou por questões pessoais, familiares ou financeiras. É indispensável o gestor ter envolvimento e conhecer as funções de seus colaboradores, bem como o acompanhamento e a prestação de assistência comportamental e psicológica com o intuito de gerar melhor produtividade de sua mão de obra e o crescimento organizacional.

JUSTIFICATIVA

O processo de trabalho até chegar à exaustão e cair em uma depressão é decorrente de vários fatores, como excesso e condições inadequadas de trabalho, dupla jornada, conflitos internos, problemas familiares, falta de reconhecimento entre outros fatores. Segundo a OPAS/OMS:

"A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma importante para a carga global de doenças. Mulheres são mais afetadas que homens. No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio (OPAS/OMS, 2018)".

Podemos perceber a partir da análise da Organização Pan-Americana de Saúde que as mulheres são as mais afetadas devido seu cotidiano, pois as mesmas além de profissionais, são mães, esposas, ou seja, recebem mais cargas de trabalho, estão sobre mais responsabilidade e mais pressão tanto dentro como fora de casa, além de seu salário estar muito abaixo em comparações aos homens no mesmo setor de trabalho. Todos estes fatores são agravantes para o aumento do índice de depressão que de acordo com OPAS/OMS, o conceito de depressão pode ser:

"A depressão é um transtorno comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ele. A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma crítica condição de saúde. (OPAS/OMS, 2018)."

Isto acontece porque vivemos em um mundo onde a tecnologia está tornando as pessoas imaturas, totalmente desmotivantes e desprovidas de sentimentos, onde priorizam mais o poder, dinheiro, status social e desvalorizam o essencial que é a vida, família e amigos. Não vemos mais crianças brincando de forma saudável, hoje vemos crianças rebeldes, obesas, depressivas que são influenciadas pelas redes socias, e convivendo, em muitos casos, com a ausência de amor e atenção dos pais. Sendo esse o retrato desta e da futura geração, a cada dia mais pessoas estão ficando doentes, acometidas pelos transtornos psicológicos que afetam a qualidade de vida de pessoas de várias idades. A OPAS/OMS afirma que:

"Ela pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano - sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos (OPAS/OMS, 2018)."

Mediante esses dados obtidos pela Organização Pan-Americana da Saúde, a depressão é um transtorno preocupante, principalmente quando se vê esses índices crescendo de forma tão acelerada. Além desse senso obtido acima, outro fator desencadeante da depressão é o absenteísmo, que é a ausência constante no trabalho, o que afeta diretamente toda a organização.

A ausência do funcionário no ambiente de trabalho –, ou o número de horas de trabalho perdido, por transtorno mental e emocional, ocupa o primeiro lugar nos motivos de afastamento, seguido pelas doenças osteomusculares (LOBATO, 2017).

Levando esses resultados para a área da saúde, esses transtornos têm um impacto bem maior, devido ao desfalque na prestação de serviços, o que resulta no aumento da demanda de usuários, associando-o a longas filas de espera tanto para atendimento quanto para a realização de exames e diagnósticos.

Minimizar os índices destas estatísticas em prol de uma sociedade mais sadia é imprescindível, assim teremos menos gastos, menos pessoas doentes e menos óbitos. A mão de obra é potencializada em virtude desses efeitos positivos, gerados pela promoção de um mundo melhor, bem como o investimento na saúde do profissional tanto física quanto psicológica, oferece um bom atendimento para os pacientes e ao mesmo tempo a organização ganha credibilidade, parcerias, aumento da produtividade e bem estar.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Este projeto teve como objetivo geral retratar as causas que fomentam a depressão em profissionais da saúde e os impactos que são causados na assistência prestada.

OBJETIVOS ESPECIFÍCOS

Apresentar os conceitos históricos da depressão; Relacionar a depressão ao profissional da saúde; Expor as consequências da assistência prestada por profissionais portadores de depressão; Indicar medidas preventivas para amenizar a depressão nos profissionais da saúde.

REVISÃO DE LITERATURA

CONCEITOS HISTÓRICOS DA DEPRESSÃO

Em outrora, os transtornos psicológicos, como a depressão, eram até então desconhecidos, e as pessoas da época que sofriam com a falta de motivação, com o desânimo, com a tristeza profunda, entre outros sintomas, eram denominados melancólicos. Desde a Antiguidade até os tempos contemporâneos, a melancolia assume diferentes nomes e formas, sendo tema constante de estudos médicos e filosóficos, e também sendo inspiração para poetas e artistas.

Em uma de suas obras, Hipócrates demonstrou como ocorre o processo da doença no físico e na mente humana, de acordo com Pringent (2005):

"a partir do século IV a.C., junto com seu genro Polybe num trabalho intitulado: A natureza do homem isolam no corpo humano quatro humores: sangue, fleuma, bílis branca e bílis negra. A saúde é definida como o equilíbrio dos quatro humores. A doença provém do domínio de um dos humores sobre os outros. Hipócrates estabelece uma relação entre as características físicas e o comportamento mental (PRINGENT, 2005)."

De acordo com Hipócrates, esses quatro humores da natureza humana devem estar em completo equilíbrio, sendo a instabilidade dos mesmos o que chamamos de doença, até então a melancolia era desconhecida como tal. Desde então o índice dessa psicopatologia veio se agravando de forma acelerada, em meados do século XIX a psiquiatria mostra avanços nesta temática, como podemos observar em Mendes:

"No século XIX, com a instauração do saber psiquiátrico, a melancolia é associada à doença mental. Para Prigent (2005) com o nascimento da psiquiatria começa-se uma análise dos sintomas da melancolia. Esquirol (1838) e Pinel (1856) a definem como uma mania, uma loucura caracterizada por um delírio parcial com uma tendência triste ou opressiva. Para Esquirol (1805) não somente as paixões são as causas mais comuns da alienação mental, mas ela tem com essa doença e suas variedades, relações de semelhança extraordinária (MENDES et al. 2014)."

Com a evolução da psiquiatria começaram a ocorrer estudos sobre a melancolia, seus sintomas e suas possíveis causas. E também a descoberta de outros distúrbios mentais como a depressão. Nessa época, esses distúrbios estavam atingindo cada vez mais pessoas, a partir de então, iniciaram-se pesquisas com o intuito de distinguir um problema do outro.

Moreira (2002), ao analisar a evolução dos estudos freudianos sobre a melancolia mostra que desde o início de seus trabalhos Freud distingue a melancolia da depressão. Freud (1895/1996) afirma que a melancolia é acompanhada de uma anestesia sexual psíquica, na qual o indivíduo não apresenta desejo sexual. Em relação à depressão, ele a aproxima da neurose de angústia (MENDES et al. 2014).

Freud afirma que as pessoas acometidas por essas doenças psicopatológicas têm sintomas e sensibilidades diferentes em relação ao mundo a seu redor, pois esses transtornos interferem e interrompem a vida e seu cotidiano, bem como suas relações interpessoais.

"Para a psicanálise tanto a melancolia quanto a depressão estão relacionadas com a perda. Para Freud a depressão está vinculada a um afeto, sintoma ou estado que envolve tristeza, desgosto, inibição e angústia. Já a melancolia está associada a um estado inconsciente de impossibilidade de elaboração do luto, uma neurose narcísica (MENDES et al. 2014)."

De acordo com o supracitado, as consequências dessas patologias trazem grandes perdas. A pessoa deixa de viver aberta e livremente, para viver de forma isolada e longe de todos, ou seja, é como se o indivíduo acometido pela doença nascesse de novo, sendo a família obrigada a se adaptar com as mudanças necessárias para uma melhor qualidade e estabilidade do indivíduo acometido. Situações como essas vêm ocorrendo a séculos atrás. Como afirma Gonçales; Machado:

"Apesar de a depressão ter ganhado conhecimento social recentemente e ser atualmente considerada o mal do século, ela não é uma doença mental descoberta neste século. [...] Apesar dessas estatísticas, a depressão não é uma doença do século XXI. Perturbações há muito chamadas de melancolia são agora definidas como depressão. O termo depressão foi inicialmente usado em inglês para descrever o desânimo em 1660, e entrou para o uso comum em meados do século XIX (GONÇALES; MACHADO. 2007)."

Atualmente, a depressão ganhou mais conhecimento no meio da sociedade, sendo conhecida como "o mal do século", onde atinge milhares de pessoas a cada dia, no entanto, hoje existem métodos e tratamentos que focam na humanização e valorizam o ser humano, ao mesmo o tempo em que proporcionam o bem estar dos pacientes e familiares. Mas, nem sempre foi assim, como menciona Gonçales; Machado:

"O trabalho duro foi considerado, no século XVIII, como o melhor remédio para a depressão, visto que a melancolia, o desalento, o desespero e frequentemente o suicídio são a consequência da visão sombria das coisas no estado relaxado do corpo. [...] As questões do ócio, preguiça, falta de vontade e a necessidade do trabalho braçal ainda podem ser percebidas em alguns meios, quando ouvimos frases como: depressão é doença de quem não tem o que fazer e o remédio é um tanque cheio de roupa suja para lavar (GONÇALES; MACHADO. 2007)."

Infelizmente nos dias de hoje esse pensamento ainda é uma realidade que assusta as pessoas que convivem com a depressão, diante disso muitos se recuam e recusam a pedir ajuda a família, amigos e a sociedade em geral, e até mesmo aos profissionais da área da saúde, pelo simples fato de temerem sofrer julgamentos.

A DEPRESSÃO E O PROFISSIONAL DA SAÚDE

Os índices de pessoas acometidas pela depressão aumentam a cada dia, estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas são afetadas por essa condição (OPAS/OMS, 2018), e a tendência é que estas estatísticas aumentem nos próximos anos. A depressão surge decorrente de vários fatores de risco: problemas familiares, questões financeiras, autoestima baixa, desemprego, estresse contínuo, etc. Os profissionais da saúde, em seu ambiente de trabalho, não são blindados contra esses problemas, pelo contrário, estes são mais suscetíveis e propícios a desencadearem o transtorno. A saúde é o bem mais precioso do ser humano e muitas vezes a assistência na saúde lhes são negados ou negligenciados.

No Brasil de acordo com o site UOL, mais da metade da população é negra ou parda, os mesmos são os mais afetados em relação ao preconceito ou racismo e isso reflete diretamente na sua vida profissional, pois esses são alvos dentro e fora da instituição, tanto pelos colegas de trabalho quanto pelos usuários, fato este, que aniquila também sua vida social, física e psíquica ou emocionalmente.

Esses fatores e efeitos impactam na vida das pessoas de forma negativa e muitas vezes devastadoras, impossibilitando-lhes de viver de forma sadia, tirando-lhes em alguns casos do convívio da família, roubando-lhes o seu bem maior que é seu bem estar físico, mental e emocional. A doença mental predomina e corrói lenta e suavemente, gerando dor e sofrimento com cicatrizes geralmente provocadas por violência simbólica e psicológica, causando diversos traumas acometidos pela depressão, ansiedade entre outros, se não for diagnosticada em tempo hábil. Sendo assim, os problemas mentais e emocionais que os profissionais negros da saúde sofrem, estão relacionados ao racismo, que acabam comprometendo o seu desempenho no trabalho, seus estudos, relacionamentos familiares e sociais, e em alguns casos levam aos suicídios. Batista (2020) sugere que:

"As faculdades na área da saúde, os cursos na área da saúde como um todo deveriam ter em sua grade curricular, disciplinas que pudessem discutir os efeitos das desigualdades, das iniquidades sociais na saúde. Podemos falar que a gente precisa que esses temas "saúde da população negra/racismo", estejam presentes nas disciplinas, nos processos de formação dos profissionais da saúde. Esses profissionais que estão sendo formados nas diferentes áreas da saúde, têm muitos momentos em trabalhar no setor público de saúde, nos hospitais, atendimento direto ao público e essa população negra é 54% da população brasileira. Esses profissionais precisam saber quais são as doenças prevalentes da população negra, precisam saber do sofrimento mental, da morte materna, dos efeitos psíquicos do racismo. É fundamental que as nossas escolas de saúde incluam a temática "saúde da população negra" e a discussão do racismo na sua grade curricular." (BATISTA, 2020).

Além da falta de interesse por parte dos especialistas e a falta de oportunidade, é preciso estabilidade social e gestão financeira bem distribuída. Deste modo, percebe-se que as consequências geradas por essas patologias não se devem apenas por ausência de profissionais e sim, por um conjunto de fatores como a falta de oportunidades econômicas e saneamento básicos prejudicam muito a saúde e pode ser a porta de entrada para diversas patologias, diminuído assim, o tempo de vida humana. Além da exclusão social, desemprego entre outros.

Outras psicopatologias também interferem na saúde mental do colaborador da saúde como a ansiedade e a síndrome de Burnout.

"A ansiedade tem sido considerada como um sentimento comum a qualquer ser humano, mas, dependendo da intensidade dos sintomas e prejuízos causados na vida do indivíduo, ela poderá ser considerada como ansiedade patológica, podendo manifestar preocupação excessiva com circunstâncias diárias da rotina da vida, tais como: trabalho, saúde, finanças, ou até mesmo em questões menores." (American Psychiatric Association, 2013).

A ansiedade é comum em todas as pessoas, exceto quando em excesso. Em níveis extremos, a ansiedade é considerada uma doença, que pode acarretar em outros problemas, gerando mudanças na vida cotidiana de quem sofre com a mesma. Braga et al. afirmam que:

Situações de vulnerabilidade favorecem o desenvolvimento do transtorno em determinados grupos, como os trabalhadores que atuam em serviço de saúde, pois constantemente passam por eventos estressores e se deparam com sofrimento, medo, conflitos, tensões, disputa pelo poder, ansiedade, estresse, convivência com a morte, longas jornadas de trabalho, entre tantos outros fatores inerentes ao cotidiano desses trabalhadores (BRAGA et al., 2010).

Diante disso, compreendemos que os trabalhadores mais acometidos por essa e outras psicopatologias são os profissionais de saúde, devido à tensão e a pressão que sofrem em suas atividades, e também os problemas e desafios que tem de enfrentarem em suas vidas pessoais. Martins et al. ainda afirmam que:

Além das situações de vulnerabilidade, o trabalho exige dos profissionais que atuam em serviços de saúde, alguns domínios para lidar com a prática diária voltada a assistência de sua população de abrangência, tais como: pensamento acelerado, ser ágil, ter capacidade de liderar, resolver situações problemáticas, pressão do tempo, dentre outros domínios, porém, quando o trabalhador não consegue desempenhar esses domínios, poderá causar-lhe tensão e sofrimento no trabalho (MARTINS, et. al., 2016).

A tensão e o sofrimento são algumas das consequências causadas por essas pressões supracitadas, que geram o aumento nos índices de profissionais da saúde acometidos por doenças psicológicas. Essas situações impedem a produtividade, tanto profissional quanto pessoal, nas execuções de suas atribuições dentro da instituição, o mesmo perde sua agilidade, habilidade e concentração. Além da ansiedade que está relacionada a inúmeros problemas físicos e psicológicos, outra patologia relacionada à psique é a síndrome de Burnout. Segundo Souza:

A síndrome de Burnout surge como mais um problema psicossocial que tem afetado muitos profissionais em diversas áreas laborais como: os professores, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, policiais e outras, gerando preocupação não somente no âmbito das entidades governamentais, mas em empresas e sindicatos de nosso país (Brasil), devido às severas consequências, individuais e organizacionais, que a síndrome apresenta em especial pelo fato de intervir nas relações interpessoais (SOUZA; MARIA, 2016).

O profissional muitas vezes também atua como professor em várias instituições de ensino na área de saúde e por isso também é bem afetado e é uma situação muito comum no cotidiano destes trabalhadores enquanto professores, este profissional tem que lidar com suas emoções e com as de vários alunos ao mesmo tempo, gerir sua personalidade e as demais é tarefa grande e desafiadora a cada dia, além desses fatores a sobrecarga de horas aulas que geralmente esses profissionais estão ligados à outras instituições, Souza ainda afirma que:

Esse termo se refere ao nível devastador de estresse, sendo a junção de "burn" (queima) e "out" (exterior, fora) que em um jargão popular em inglês, significa àquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia. Esse termo foi utilizado em 1974, por Freudenberger, descrevendo o mesmo como um sentimento de fracasso e exaustão causada por um excessivo desgaste de energia e recursos (SOUZA; MARIA, 2016).

Entre os colaboradores mais atingidos tanto pela depressão, quanto pela ansiedade e a síndrome de Burnout, estão os profissionais de enfermagem, pois são eles que na maior parte do tempo interagem com os pacientes e indivíduos que necessitam de sua ajuda, sendo comum os mesmos se dedicarem a cuidar da saúde seja física ou mental dessas pessoas, e no final acabam se esquecendo de si mesmos e quando necessitam da mesma assistência, muitas vezes, a própria instituição prioriza a mão de obra, deixando a saúde de seus funcionários em segundo plano.

CONSEQUÊNCIAS DA ASSISTÊNCIA PRESTADA POR PROFISSIONAIS PORTADORES DE DEPRESSÃO

Há anos observa-se a ausência de atenção adequada ao portador de transtorno depressivo, bem como a escassez de estudos científicos e profissionais específicos que busquem solucionar essa patologia que cresce descontroladamente á cada milésimo de segundo e que está fora de controle ou que os mesmos aperfeiçoassem as técnicas, estratégias e ações que contribuíssem com uma melhor qualidade nas assistências prestadas aos profissionais e principalmente aos portadores do transtorno.

Várias consequências são ocasionadas através desta doença e os riscos são constantes, a diminuição da produtividade dos indivíduos acometidos e a ausência no trabalho evidenciam perdas importantes. De acordo com as pesquisas, a incapacidade adquirida desses processos nas execuções das atividades resulta em até 12 vezes mais recaídas do que as patologias crônicas do coração, hipertensão arterial, diabetes e dores lombares.

O acometimento dessa doença nos profissionais atuantes da saúde portadores do transtorno eleva os riscos dos mesmos cometerem suicídios em seu ambiente de trabalho e simultaneamente colaborando para a ocorrência de acidentes relacionados aos pacientes, a enfermagem e toda a organização. Além de inúmeros problemas sociais como: danos morais, físicos, psicológicos e financeiros, que consequentemente aumentam os custos para a família do paciente, bem como para o município, Estado e Governo Federal.

Mininel et al., (2013), em pesquisa realizada em hospitais do centro oeste do Brasil, afirmam que o número de profissionais faltosos por conta de doenças ocupacionais, gera grande transtorno para a instituição e consequentemente para usuários (BISSOLI, 2017).

Esta realidade é vivenciada na atualidade e vem se agravando cada vez mais. Os especialistas não estão dando conta da demanda e infelizmente o sistema de saúde público ainda não tem estrutura suficiente para oferecer um melhor atendimento, diagnósticos, tratamentos e acompanhamento para esses usuários. Minimizar o aumento desses índices é um grande desafio a ser alcançado.

MEDIDAS PREVENTIVAS

O profissional em gestão hospitalar necessita ter um arcabouço de medidas preventivas para que se tenham sempre planos de contingências para eventuais problemas que possam vir a surgir em uma unidade de saúde, seja ela de pequeno ou grande porte. Algumas destas medidas vão ser apresentadas logo abaixo como forma de listar alguns pontos importantes e essenciais na ação do gestor hospitalar.

Profissionais especializados em problemas complexos de transtornos mentais.

No casodainstituição de saúde não dispor dessas especialidades em problemas complexos de transtornos mentais como psiquiatras, psicólogos, enfermeiros especializados, entre outros, o gestor deve solicitar a contratação dos mesmos em prol de uma organização mais saudável, visando e identificando os fatores de risco que muitas vezes são identificados pelo próprio gestor, através de sonolência, lentidão, erros, desmotivação, atritos, absenteísmo, enfim. Estes profissionais devem trabalhar de forma diversificada a fim de tratar das várias patologias que podem existir e trabalhar de modo individualizado ou em grupos de acordo com cada situação.

Oferecer serviços especializados.

Esses serviços serão prestados por neurologistas, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, entre outros, sendo oferecido para os casos existentes que serão acompanhados de cada um desses profissionais ou de uma equipe interprofissional, promovendo uma melhor qualidade de vida e consequentemente uma melhor produtividade em seu setor de trabalho. Os serviços podem ser ofertados dentro da própria unidade de saúde para melhor comodidade dos funcionários.

Implantar programas de educação e promoção em saúde física e mental para os profissionais.

Através de palestras, seminários, oficinas e capacitações, para os profissionais atuantes das instituiçõeshospitalares. Os participantes dessas formações estarão preparados para multiplicar as informações nas UBS's. Elas serão ministradas pela equipe interprofissional potencializando, assim, a mão de obra, pois uma equipe informada e atualizada constrói uma estabilidade ou equilíbriomaior, quegaranteuma melhor qualidadee eficiência.

Caso a equipe interprofissional esteja também acometida por casos de depressão, cabe ao gestor hospitalar acionar outros mecanismos, outras equipes parceiras para atuar com os profissionais, de forma a tratar a questão supracitada.

Prevenção do transtorno mental (através de palestras, panfletos, rádios, internet, mídia).

A equipe de marketing e designer estará incumbida da criação e impressão dos panfletos, cartazese cartilhas, além da divulgação em sites, redes emídiassociais. A distribuição dos panfletos e cartilhas fica por conta dos subordinados a critério do gestor e líderes, tendo como público-alvo principal os próprios colaboradores da instituição de saúde. Além de instaurar uma política de informação com o objetivo de orientar a cada profissional acerca dessa problemática, prevenindo e minimizando índices dentro da instituição. De forma a mostrar que o gestor hospitalar está preocupado não só com a produtividade, mas sim com a qualidade da saúde física e mental de seus funcionários, demonstrando atenção e assegurando espaços para disgnóstico e tratamento, caso necessário.

Terapia Ocupacional.

Incentivando a saúde e bem-estar das pessoas com problemas físicos, sensoriais, sociais e motores. Este profissional ajuda os acometidos por esses fatores e patologias, que muitas vezes são decorrentes por meio de distúrbios genéticos e doenças adquiridas por meio da utilização da atividade humana. Alem de contribuir na prevenção dos outros profissionais, evitando assim, maisfuncionários doentes.

A terapiaocupacional trabalhao resgate da natureza ocupacional da pessoa que está em sofrimento, resgatando e incentivando a sua saúde ocupacional, seus papeis, as atividades, ações que desempenha, o seu cotidiano. Estas ações aconteceriam na própria instituição a céu aberto em sua área verde, proporcionando liberdade, conforto e confiança, caso a organização n dispor de espaço adequado o gestor disponibilizara outro espaço para a execução dessas atividades.O acompanhamento deste profissional para os acometidos e uma vez por semana e os demais que estariam na ótica de prevenção a cada seis meses ou anualmente.

Atividades físicas.

Todos os colaboradores da instituição poderão participar das atividades físicas e dinâmicas, que estarão sendo ministradas por profissionais de Educação Física acompanhados de psicólogos e profissionais especializados em saúde mental. Essas atividades aeróbicas além de ocorrerem uma a duas vezes semanais, em praças, pátios, parques, enfim, em locais abertos aumentando o contato com a natureza, também podem ocorrer diariamente nos próprios setores de trabalho do hospital, sendo 15 min por dia o suficiente para aumentar o bem-estarfísico e mental dos colaboradores.

As atividades físicas auxiliam tanto no tratamento quanto na prevenção não só da depressão, mas sim de várias outras patologias, pois durante os exercícios são ativados neurotransmissores que estimulam os hormônios do bem-estar e do prazer. A partir dessa rotina os colaboradores poderão ser avaliados quanto a evolução do seu desempenho em suas atividades na instituição.

Gerenciamento adequado do trabalho.

Essa etapa será gerenciada por uma comissão especializada, escolhida mediante decisão do gestor e líderes maiores da instituição hospitalar. Essa comissão será composta por profissionais especialistas na área de saúde mental e que não estejam exercendo outras funções como na direção técnica, administrativa, entre outros setores da instituição, evitando, assim, a sobrecarga desses profissionais.

Os mesmos estarão observando e realizando relatórios sobre as condições de trabalho de cada colaborador, detalhando se está havendo uma rotina extenuante e as consequências que essa rotina está trazendo para essa mão de obra e também para o desempenho da instituição, sendo passados esses relatórios, posteriormente, para os gestores que deverão entrar com a intervenção e solução dos problemas. O feedback deverá acontecer mensalmente e em todos os setores, de forma que todos os colaboradores possam expressar suas opiniões.

Instaurar política interna de saúde.

Implantarprogramas de desenvolvimento e gestão de pessoas que deverão ser ministrados a cada seis meses, como por exemplo o Programa de Liderança com gestores e coordenadores, a equipe médica e psicólogos integrando a equipe multiprofissional, para capacitar os colaboradores que trabalham em UTI's, Urgência e Emergência e Centros Cirúrgicos,setoresesses que sãomais suscetíveis a depressão e a outras psicopatologias, promovendo o amadurecimento ,habilidades e a segurança nas execuções de suas atividades.

Esses fatores colaboram para uma melhor qualidade de vida dos trabalhadores, sendo esse investimento necessário para muito maior seja o retorno dessas aplicações. Um colaborador satisfeito e com uma mente sadia produzirá com muito mais qualidadee eficiência.

METODOLOGIA

Este estudo foi realizado no período de outubro a novembro de 2019, através de revisão de literatura de artigos listados e publicados entre 2005 e 2018, em base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), acervo da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Revista Eletrônica de Enfermagem, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).

Utilizando os descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Depressão; saúde mental; adoecimento no trabalho; profissional de saúde. Os parâmetros de inclusão corresponderam a referências disponibilizadas na íntegra, publicadas em língua portuguesa ou inglesa e que retratassem a temática escolhida.

Foram utilizadas 17 referências no total, sendo em artigos científicos 3, revistas eletrônicas 5, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 3, Manuais do Ministério da Saúde 1, Sites 5.

CRONOGRAMA

CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

ETAPAS

PERÍODO

RESPONSÁVEL

Profissionais especializados em problemas complexos de transtornos mentais

Contínuo

Neurologistas, Psiquiatras, Psicólogos

Oferecer serviços especializados

2x a cada semana

Neurologistas, Psiquiatras, Psicólogos, Terapeuta ocupacional

Implantar programas de educação e promoção em saúde física e mental

A cada 2 meses

Toda equipe

Instaurar políticas de saúde

Anualmente

Enfermeiros

Prevenção do transtorno mental (palestras, panfletos, rádios, internet, mídia)

A cada 3 meses

Toda equipe

Atenção maior nos serviços assistenciais de atenção primária

2x a cada mês

Médicos e enfermeiros

Terapia Ocupacional

1x a cada semana

Terapeuta ocupacional

Atividades físicas

Diariamente

Educador físico

Gerenciamento adequado do trabalho

Mensal

Gestores

RECURSOS NECESSÁRIOS

RECURSOS

OBJETIVO

Recursos Financeiros

Manter a estrutura operacional, da mão de obra e das matérias primas

Recursos Organizacionais

Engajamento de toda equipe profissional na elaboração dos planejamentos estratégicos

Recursos Cognitivos

Potencializar a formação dos profissionais atuantes da saúde

Recursos Políticos

Dependem das esferas de gestão estadual e federal, que são atribuídos através de licitações

Recursos Humanos

Gerir comportamentos internos e potencializar o capital humano, bem como operar recursos e equipamentos tecnológicos

RESULTADOS ESPERADOS

Com esta proposta de intervenção espera-se minimizar o número de profissionais portadores de depressão nas organizações e unidades de saúde, lhes oferecendo melhorias na qualidade de vida e nas assistências prestadas pelos mesmos

A depressão quando diagnosticada e tratada precocemente pode ser resolvida mais rapidamente e causar menos prejuízos pessoais, profissionais e sociais. A ciência destaca que também impede prejuízos sociais e pessoais, ampliando assim a responsabilidade dos profissionais em todos os níveis de atenção. Profissionais assistenciais e docentes devem estar alerta sobre a importância das ações terapêuticas na depressão, em todos os níveis de complexidade do cuidado de enfermagem (FUREGATO; CANDIDO, 2005).

Espera-se a otimização e um empenho maior na elaboração e execução dos trabalhos desempenhados pelas equipes, potencializando o atendimento e a relação interna e externa, principalmente com os colaboradores e pacientes portadores do transtorno.

A expectativa é que os gestores tenham a ótica, a sensibilidade e o desejo de buscar apoios maiores, como das esferas governamentais, para implementação desse projeto, com o intuito de reduzir o índice de pessoas acometidas pela doença, tanto de usuários quanto profissionais da saúde. A soma desses fatores resultará positivamente na diminuição de indivíduos doentes, aumentando a qualidade de vida da população, impactando diretamente na redução de custos para todos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dado a importância do assunto, trazemos a reflexão, sensibilização e conscientização para todas as áreas integrantes do ambiente da saúde e demais pessoas que tenham interesse, principalmente para a área da gestão devido a sua grande autonomia e responsabilidade na formulação de estratégias e políticas institucionais que venham favorecer a todos os colaboradores.

A mão de obra são os primeiros clientes de uma instituição hospitalar, onde se exige uma ótica mais sensível e minuciosa em prol da manutenção e sustentação desses profissionais dentro da organização por mais tempo, de forma sadia e produtiva. Aguiar (2017) afirma:

"O que se espera que se comece a vislumbrar a questão de saúde brasileira dos profissionais de saúde, sendo consciente dos riscos aos quais são sujeitos, e que surjam novas formas de melhorar a qualidade de trabalho e de vida dos trabalhadores da Enfermagem." (AGUIAR, 2017).

Vemos o quanto é importante a busca constante para o aprimoramento e expansão desses conhecimentos, levando ou instigando sempre novas formas e buscando novos horizontes, para que se obtenham novos e melhores resultados.

Propõe-se para pesquisas futuras no ramo, uma investigação mais detalhada e com um maior interesse voltado para os transtornos psicopatológicos nos profissionais da saúde, devido à grande incidência de casos que só aumentam em vários setores de instituições hospitalares.

Referências

AGUIAR, Sonia Maria de Mello Tavares. DEPRESSÃO NA ENFERMAGEM: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Universidade Federal de Roraima. Centro de Ciências da Saúde. Boa Vista, 2017. Disponível em: file:///C:/Users/jirle/Downloads/2017%20sonia%20maria%20de%20mello%20tavares%20-%20depressao%20na%20enfermagem%20uma%20revisao%20bibliografica.pdf. Acesso em: 15/05/2020.

American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5). Arlington: American Psychiatric Association.

BATISTA, Luís Eduardo. SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA. Revista Saúde Brasil. 2020. Disponível em: http://saudebrasilnet.com.br/sistema/Fotos/03022020105408.pdf. Acesso em: 15/05/2020.

BRAGA, L. C. D., Carvalho, L. R. D., e Binder, M. C. P. (2010). Condições de trabalho e transtornos mentais comuns em trabalhadores da rede básica de saúde de Botucatu (SP). Ciência e Saúde Coletiva, 15(suppl.1), 1585-1596.

Brasil, Agência. UOL. Negros representam 54% da população do país, mas são só 17% dos mais ricos. Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/12/04/negros-representam-54-da-populacao-do-pais-mas-sao-so-17-dos-mais-ricos.htm Acesso em: 15/05/2020.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_196_.asp. Acesso em: 14/05/2020.

BRUNA VARELLA, Maria Helena. Depressão: Doenças sintomas. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/depressao/ acesso em: 14/05/2020

FUREGATO, Antonia Regina F; CANDIDO, Mariluci Camargo F. S. Atenção da Enfermagem ao portador de transtorno depressivo: uma reflexão. Nursing care to people with depressive disorders: a reflection. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas. Ribeirão Preto, ago. 2005.

GONÇALES, Cintia Adriana Vieira; MACHADO, Ana Lúcia. Depressão, O Mal do Século: De Que Século? Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/bde-14795. Acesso em: 17/04/2020.

LIMA FERREIRA, Luana Aparecida; LIMA FERREIRA, Lucas. Depressão no trabalho da Enfermagem: revisão sistemática da literatura. Depression in nursing work: a systematic review. Universitas: Ciências da Saúde. Brasília, 2015.

LOBATO, Arthur. Depressão e absenteísmo no trabalho. Disponível em: http://www.sitraemg.org.br/post_type_artigo/84022/. Acesso em: 17/04/2020.

MARTINS, J. T., Robazzi, M. L. D. C. C., e Bobroff, M. C. C. (2010). Prazer e sofrimento no trabalho da equipe de enfermagem: reflexão à luz da psicodinâmica Dejouriana. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 44(4), 1107-1111. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602018000100003. Acesso em: 14/05/2020.

MININEL VA, Felli VEA. Management initiatives aimed at nursing quality or worklife. Ergonomia: Int J Ergon Human Factors. 2007;29:273-6. In. BISSOLI, Amanda Sabrina Ribeiro. DEPRESSÃO NO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM: REFLEXOS NA ASSISTÊNCIA PRESTADA. Faculdade de Educação e Meio Ambiente – FAEMA. Ariquemes, 2017.

MOREIRA, A. C. G. (2002). Clínica da melancolia. São Paulo: Escuta/ Edufpa. In MENDES, Elzilaine Domingues. VIANA, Terezinha de Camargo. BARA, Olivier. Melancolia e Depressão: Um estudo psicanalítico. Psicologia: Teoria e Pesquisa, vol. 30. Out-Dez 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v30n4/v30n4a07.pdf. Acesso em 18/04/2020.

NUNES, Flávia Furlan. Psicóloga aponta tipos de pressão no trabalho e como afetam a criatividade: Trabalho sob pressão parece ser determinante para o sucesso da empresa. Ao contrário disso, ele prejudica a organização. Disponível em: ﷟HYPERLINK "https://administradores.com.br/noticias/"https://administradores.com.br/noticias/ psicologa-aponta-tipos-de-pressao-no-trabalho-e-como-afetam-a-criatividade Acesso em: 17/04/2020.

OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde. OMS, Organização Mundial da Saúde. Folha Informativa – Depressão. Março, 2018. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5635:folha-informativa-depressao&Itemid=1095. Acesso em: 14/05/2020.

PRIGENT, H. (2005). Mélancolie: les métamorphoses de la dépression. Paris: Gallimard. In .MENDES, Elzilaine Domingues. VIANA, Terezinha de Camargo. BARA, Olivier. Melancolia e Depressão: Um estudo psicanalítico. Psicologia: Teoria e Pesquisa, vol. 30. Out-Dez 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v30n4/v30n4a07.pdf. Acesso em 18/04/2020.

SOUZA, Ágnes Karolyne da Silva. MARIA, Anderson Leandro. SÍNDROME DE BURNOUT EM DIFERENTES ÁREAS PROFISSIONAIS E SEUS EFEITOS. Artigo de Revisão. Rev. Acta Brasileira do Movimento Humano – Vol.6, n.3., p.1-12 – Jul/Set., 2016.

Copyright © 2021. Todos os direitos reservados ao autor. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
0
1 mil visualizações •
Denuncie conteúdo abusivo
Glycia Cibelle ESCRITO POR Glycia Cibelle Escritora
Maceió - AL

Membro desde Setembro de 2019

Comentários