Clóvis
Ele, a solidão e as drogas das tuas palavras.
Um dilema sufocante entre
Falar e sentir.
Escrevendo unicamente para fugir
(Pois de tudo que ocultei
Não diferencio o que apenas pensei
Das coisas que falei).
Que detestável é isto Clóvis!
Meu sangue escorre enquanto pulsa
Coagulando nos seus olhos a repulsa
Das coisas detestáveis que tens vivido.
Clóvis tem seu coração ferido
E na busca por alívio
O suor deliza por sua pele.
Insiste em amar a Clóvis?
Mas perduras com esta indiferença ácida e infecciosa?
Nas entrelinhas sei o quanto és maldosa.
E no teu ar de maldade me acorda
Para me servir uma cadeira e uma corda!
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