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do tempo e o mar

Tudo que cala clama por sair,

libertar-se, dar voz, se fazer ouvir.

Clama tudo que no silêncio espera

vez, resgate de sons. Nessa quimera

 

de ilusões, meu corpo se dilacera

na angústia rouca de uma nova era.

E reclama ao tempo que o faz ruir

nestes dias venturosos que estarão por vir.

 

Tempo nefasto, de crueza tão vil.

Tempo de Fausto, loucuras mil

que devasta certezas tão vastas

 

como vento que sopra e rugindo arrasta

navios, corações, alicerces e pilares, em teus mares bravios,

nos deixando a reboque, virgem antes tão casta.

 

Penélope SS

5-10-8  2h:14

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AdrianoRockSilva ESCRITO POR AdrianoRockSilva Autor
Maceió - AL

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